A depressão por desemprego: sintomas e sofrimento

O trabalho que desempenhamos todos os dias e pelo qual somos pagos é um apoio psicológico.

Não apenas nos permite sustentar a casa, comer, comprar alimentos, pagar contas.

É uma forma de fortalecer auto-estima, de nos sentirmos competentes, úteis e satisfeitos com nós mesmos.

Assim, a falta de trabalho gera, como podemos imaginar, o contrário.

Quando nos perguntam o que queremos ser quando crescermos, “estar desempregado” nunca passou pela nossa cabeça.

Esse estado é uma ruptura com os sonhos que construímos, com os esforços que fazemos.

Um estudo realizado na Universidade de Leipzig, por exemplo, nos alerta algo muito significativo.

O desemprego é um factor claro na deterioração da saúde mental. O risco de depressão é muito alto.

Além disso, como diz Erik Erickson, teórico em psicologia do desenvolvimento, o facto de podermos construir uma personalidade saudável e um estado emocional equilibrado está intimamente relacionado ao aspecto do trabalho.

Quando uma pessoa começa a apresentar sintomas de depressão por desemprego, ela nem sempre toma a iniciativa de procurar ajuda especializada.

Ela vai ao médico por causa de seus problemas de sono, cansaço, dor de cabeça…

Supomos que essas emoções que nos oprimem são normais.

“Como não posso me sentir mal, se não tenho um emprego?”

Vamos conhecer as principais características.

Sentimentos medo constantemente, frustração, angústia…

A principal diferença entre uma pessoa com depressão, e outra sem, ela é o senso de esperança e propósito.

A primeira não está mais confiante de que a sua situação vai melhorar. Na verdade, ela acredita que as coisas vão piorar.

Além disso, aparece uma sensação de inutilidade, de não servir para nada. Esse facto tem um grande impacto no ambiente familiar.

Sensação de raiva e injustiça. Não devemos imaginar a pessoa com depressão por desemprego exclusivamente como alguém triste.

O mais comum é ver alguém de mau humor, com pouca paciência e muito irritado.

Os hábitos alimentares e de sono mudam. A pessoa dorme muito mal e não consegue descansar.

Ela perde a fome ou come compulsivamente.

Muitas vezes, pode levar a comportamentos de dependência (voltar a fumar, caso tenham parado, ao álcool, etc.).

Podem surgir ideias suicidas.

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