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Reimer e o experimento mais polêmico da história da Psicologia

Reimer e o experimento mais polêmico da história da Psicologia Se você tende a ficar impressionado com os cães de Pavlov ou as manchas de Rorschach, a história de David Reimer vai te gelar o coração. Considerado o mais polêmico e cruel já feito na Psicologia: tudo começou com a castração acidental do rapaz, quando tinha apenas 8 meses, que, num processo simples de circuncisão, teve seu pênis esturricado pelo cauterizador culpa de um estagiário, já que o médico havia sumido no dia. Como resultado, uma necrose atingiu o órgão, que seria amputado. Na época, não haviam cirurgias de reconstrução peniana exactamente avançadas, e, ao ler ensaios do psicólogo John Money, os pais do rapaz ficaram convencidos de suas teorias, que afirmavam que comportamentos sociais e sexuais ou o gênero sexual eram definidos pela educação, e não pelos genes. E aí que entram as ironias do destino. David tinha um gêmeo univitelino, Brian, que também nasceu em 1965, como o protagonista de nossa história. Ambos

Um término de uma relação matrimonial não é o fim do mundo

Um término de uma relação matrimonial não é o fim do mundo Sabe por que terminar uma  relação  deixa as pessoas tão inconformadas? Porque elas sentem que conquistaram o mundo quando encontraram alguém e se apaixonaram e criaram rotinas, histórias, sonhos e os concretizaram. Ele comprou uma camisa porque ela gostava, ela viajou para o ocidente porque ele queria. Eles se tornaram donos de um mundo que criaram juntos. Eu estaria  mentindo  se eu dissesse que a maioria dos relacionamentos são eternos. Inúmeras vezes alguém encontrou outro alguém e achou que a história seria para sempre, mas acabou no meio do caminho. Aliás, isso acontece o tempo todo. É isso que eu quero que entendam: terminar um relacionamento é um acontecimento natural  da vida. A gente pode fazer todo o possível para que não aconteça, mas na maior parte do tempo é inevitável. É  triste  e muito doloroso, com certeza, mas não é o fim do mundo, não é uma tragédia. Perder um filho, prematuramente, é o fim do mundo. So

A dor emocional é a que mais demora a sarar A

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A dor emocional é a que mais demora a sarar A dor emocional é a que mais demora a sarar e é a ferida que ninguém vê.  Todos nós temos alguma, ou mais que uma. Contudo, em vez de considerá-la como derrota ou símbolo de fraqueza, devemos aprender a reconhecê-la como parte de nossa essência. Ao longo do nosso ciclo de vida, temos passado por triunfos e decepções.   Ninguém é imune ao sofrimento,    mas só alguns são capazes de transformar esse sofrimento em aprendizagem : em resiliência. Mas você não é nem suas derrotas, nem suas perdas.  Você é a pessoa que conseguiu olhar cara a cara à adversidade para enfrentá-la e avançar. Contudo, isso é algo que demoramos em descobrir, porque a dor emocional sempre dói e sempre nos lembra “onde está a ferida”. A dor emocional que ninguém vê e que todos escondem Podemos dizer, sem equívoco, que nesta vida existem, geralmente, dois tipos de pessoas: Aquelas que interiorizam sua dor emocional e a vão controlando-a dia a dia com valentia e  supera

A miséria que nos causam os pontos cegos de personalidade

A miséria que nos causam os pontos cegos de personalidade Certa vez, participei de uma conversa que me calou por dentro. Um amigo perguntou, para um conhecido, o que este fazia para aliviar seu stress. O colega em questão respondeu que não tinha absolutamente nenhum estresse, pois tinha uma vida muito boa por causa de seu emprego. Até aí, vê-se a sorte de alguém que gosta de seu trabalho. Mas o silêncio foi total. Isso porque a pessoa a dar esta resposta era simplesmente alguém que raramente sorria ou conversava com os outros. Alguém que parecia viver o estresse constantemente. Eu conhecia seu comportamento e fiquei atônita com a resposta. Ao mesmo tempo em que lamentei a falta de noção de felicidade por parte desta pessoa, também me lembrei de algo que a psicanálise chama de “ponto cego de personalidade”. Todo ser humano possui o seu, assim como um espelho retrovisor. Ao me lembrar desta característica, que todos possuímos, imediatamente parei de julgar o colega e simplesmente re

5 grandes filmes sobre distúrbios psicológicos

5 grandes filmes sobre distúrbios psicológicos Os distúrbios psicológicos afectam um grande número de pessoas da população mundial: cerca de 450 milhões de pessoas sofrem de algum tipo de  transtorno , ou seja, uma em cada quatro pessoas sofre de alguma doença mental ao longo da vida. Por isso, os roteiristas têm criado vários protagonistas com distúrbios psicológicos na história do cinema. Esses transtornos dão mais complexidade e riqueza aos personagens além de nos mostrar, em alguns casos, aspectos da doença que não conhecíamos. Suspense, drama, comédia romântica, ficção científica… Propomos aqui cinco filmes sobre distúrbios psicológicos  de vários tipos, que talvez você não tenha assistido e que vale a pena conhecer. Os distúrbios psicológicos no cinema 1- A cova da serpente (Anatole Litvak, 1948) Este filme é baseado em um best-seller autobiográfico escrito por Mary Jane Ward em 1946, onde relata as experiências que viveu quando foi internada em um manicômio público. Olívi

Não tenho tempo para odiar quem me odeia, prefiro amar quem me ama

Não tenho tempo para odiar quem me odeia, prefiro amar quem me ama Quem investe grande parte de seu tempo alimentando sentimentos negativos contra quem o odeia se esquece de algo muito mais importante: de amar aqueles que o amam de verdade. O ódio e o rancor são dois inimigos fortes e persistentes que costumam criar raízes muito profundas em muitas mentes. Porque na realidade são armadilhas em que nós mesmos acabamos ficando presos por essas emoções tão negativas e tão autodestrutivas. Frequentemente, costumam dizer que “o ódio é o contrário do amor” quando, na verdade, isso não está completamente certo. Odiar é um exercício privado, porém escancarado aos outros em que se entrelaçam diferentes emoções: desde a ira, passando pela humilhação, até a aversão. Estamos então perante um instinto muito primitivo que, por sua força e impacto em nosso cérebro, pode fazer com que deixemos de priorizar aquilo que realmente é importante, como nosso próprio equilíbrio ou as pessoas que amamos.

A gentileza é intuitiva, ser egoísta é uma escolha

A gentileza é intuitiva, ser egoísta é uma escolha Ao contrário do que muitos pensam, a gentileza não é uma escolha, e sim um  instinto natural do ser humano . É o que indicam as pesquisas científicas feitas sobre o assunto até agora. E mais: como aponta o  Science of Us , as pessoas aprendem a ser  egoístas  e escolhem o ser em determinadas situações. Um dos principais exemplos é um experimento realizado em 2012 por professores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Com o objectivo de descobrir se a natureza humana é egoísta ou gentil, os pesquisadores recrutaram universitários e os dividiram em grupos de quatro. Cada estudante recebeu uma quantia de dinheiro e teve a opção de separar um pouco do valor para ser multiplicado e distribuído entre o restante dos participantes. Os participantes ganhariam algo mesmo sem compartilhar, mas apesar da tentação de ser egoísta, a maioria das pessoas escolheu por contribuir com o restante. A gentileza vai além: um estudo realizado por ps